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Maio Amarelo

Em busca de um trânsito mais seguro

Movimento Maio Amarelo já acabou, mas a conscientização sobre o tema deve durar o ano todo
por Osvaldo Sato publicado: 01/06/2017 11h04 última modificação: 01/06/2017 12h37

Ainda que nos últimos anos as estatísticas apontem uma retração no número de mortes ocasionadas por acidentes de trânsito, este problema continua fazendo, anualmente, milhares de vítimas fatais.

Com foco na conscientização do tema, o movimento Maio Amarelo é uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil, com objetivo de mobilizar a sociedade para a discussão sobre segurança no trânsito e, principalmente, chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

Agora que o mês de maio já se encerrou, é importante que a conscientização de todos os servidores do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) continue!

Para discutir e refletir sobre o assunto, foi promovida na tarde desta quarta-feira, 31, a palestra “Comportamento de risco no trânsito: a minha escolha faz a diferença”, na sede da reitoria, em Campo Grande. Organizada pela Coordenação de Desenvolvimento e Qualidade de Vida (Codev), a atividade foi ministrada a cerca de 50 servidores pelo professor Renan da Cunha Soares Júnior, coordenador do curso de psicologia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e membro do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-MS) desde 2010.

Além de explicar sobre o Maio Amarelo, o psicólogo tratou sobre a Década de Ação para Segurança no Trânsito – uma resolução na qual governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito entre o período de 2011 a 2020, e redução em 50% do número de mortes no trânsito .

No Brasil, segundo o DataSUS (2014), foram registradas mais de 43 mil mortes no trânsito. Para Renan, o número não deve ser considerado aceitável. “Ainda que o número de mortes no trânsito fosse de apenas um, não deveríamos aceitá-lo, pois poderia ser nós mesmos, um parente ou amigo”, afirmou durante a palestra.

Apesar da redução do número de mortes no Brasil registrada desde o início da Década de Ação, há margem para melhora. “São mais de 170 países signatários da ação e alguns já apresentaram resultados expressivos, baseados em gestão, melhoria da segurança das vias, dos próprios veículos, alterações na legislação e educação no trânsito”, apontou.

O que faltaria, então, para o Brasil avançar na questão? Segundo o professor, dois pontos poucos explorados por nossos gestores como formas de prevenção aos acidentes são maiores investimentos em infraestrutura das vias e na segurança dos veículos.

Mudanças possíveis - Na palestra, o psicólogo também reforçou os comportamentos que cada cidadão pode ter para melhorar o trânsito, sendo condutor ou pedestre. Em geral, o cidadão possui as informações e conhecimento necessários para evitar a maioria dos acidentes, mas não as aplica.  

Segundo ele, existem fatores diversos que ocasionam acidentes, mas alguns se destacam, como o hábito de digitar no smartphone, de dirigir após ingerir bebida alcoólica e o excesso de velocidade. “Estas são questões comportamentais que podem ser verificadas em todos os países”, explicou o professor.

Apesar disso, o número de acidentes e mortes de trânsito tem diminuído, baseado em comportamentos e ações que devem ser repetidas e incentivadas. 

“A mudança de comportamento deve começar em cada um de nós”, destacou o psicólogo, que reforçou ainda como  boa prática que os condutores conheçam com clareza as condições de tráfego nos horários em que mais está no trânsito e, ainda, considerar novas formas de locomoção, como o transporte coletivo, caronas, o que diminuiria a quantidade de veículos nas ruas.

“Para pequenos trechos, por que não ir a pé, de bicicleta? São alternativas que contribuem até no combate ao sedentarismo”, sugeriu.

Vale lembrar que a mudança que queremos no trânsito deve começar em cada de um nós. E não basta termos todas as informações a respeito, é necessário colocarmos em prática diariamente, melhorando nossas escolhas e atitudes, e buscando sempre não só nossa própria segurança, mas a de todas as pessoas que possam sofrer as consequências disso. 

Maio Amarelo - A campanha é composta por ações diversas, com o tema sendo abordado em linguagem acessível e direta, buscando a assimilação e participação de toda a sociedade. De forma simples, chama atenção para a mudança de comportamento no trânsito, reflexão, planejamento e questões de segurança.

Mais informações estão disponíveis na página oficial da ação

Confira um dos vídeos que integram a campanha: