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Capacitação

Vai tentar o mestrado profissional? Tire suas dúvidas e continue a estudar!

Metade das 24 vagas do Mestrado em Educação Profissional, Científica e Tecnológica que será oferecido pelo IFMS em Campo Grande é reservada a servidores da Rede Federal.
por Juliana Aragão publicado: 22/02/2018 14h30 última modificação: 23/02/2018 10h29
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A notícia de que o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) iria oferecer o ProefETP (Mestrado Profissional em Educação Profissional, Científica e Tecnológica) em Campo Grande, e que metade das vagas seria reservada a servidores da Rede Federal, deixou docentes e técnicos-administrativos da instituição animados com a possibilidade de fazer uma pós-graduação.

O exame nacional de acesso será aplicado em abril, e alguns servidores já começaram a estudar a bibliografia. Muitos se perguntam: será que tem como testar o conhecimento adquirido nas leituras? A resposta é sim! Basta consultar o caderno de provas e os gabaritos disponibilizados na página do processo seletivo de 2017.

Ainda sobre a bibliografia, a psicóloga da reitoria, Sofia Urt, que é mestre e está fazendo doutorado em Psicologia com pesquisas que versam sobre a educação profissional em seus aspectos psicossociais, dá uma dica de estudo bem interessante para quem vai tentar o mestrado profissional.

"Todos os autores da bibliografia são referência na área e estão sendo trabalhados tanto no Programa de Formação Continuada quanto na especialização, ambos oferecidos pelo IFMS aos servidores. Quem está estudando para ingressar no mestrado, pode procurar um colega que já está familiarizado com o material ou assistiu palestras sobre o assunto para trocar uma ideia, discutir o tema", orientou a psicóloga Sofia Urt.

"Todos os autores da bibliografia são referência na área e estão sendo trabalhados tanto no Programa de Formação Continuada quanto na especialização, ambos oferecidos pelo IFMS aos servidores. Quem está estudando para ingressar no mestrado profissional, pode procurar um colega que já está familiarizado com o material ou assistiu palestras sobre o assunto para trocar uma ideia, discutir o tema", orientou Sofia.

Concorrência e distribuição das aulas - Alguns servidores querem saber com quem exatamente vão concorrer às vagas. O coordenador local do curso, Anderson Martins Correa, reforça o que consta no edital.

"Metade das vagas ofertadas em cada instituição associada ao ProefETP é destinada aos servidores da Rede Federal, o que inclui os Institutos e Centros Federais, além do Colégio Pedro II. Um servidor do IFMT [Instituto Federal de Mato Grosso], por exemplo, pode tentar uma vaga aqui, porém é importante esclarecer que o mestrando não poderá se transferir para outra instituição que oferece o mestrado nem aproveitar matérias", explicou.

Outro ponto do edital que deixou alguns servidores preocupados é referente à organização das aulas. No IFMS, os mestrandos deverão comparecer ao Campus Campo Grande às segundas-feiras, de manhã, à tarde e à noite.

"Por experiência própria, os professores que formam o corpo docente do mestrado no IFMS consideram que aulas às sextas-feiras à noite e aos sábados de manhã têm índices de evasão muito altos. Em relação aos três períodos, nós tomamos a decisão de prever isso no edital, mas as aulas à noite só serão ministradas se houver necessidade, não serão uma regra", ponderou o coordenador do curso.

"Em relação aos três períodos, nós tomamos a decisão de prever isso no edital, mas as aulas à noite só serão ministradas se houver necessidade, não serão uma regra", ponderou o coordenador do curso.

Consegui a vaga no mestrado, e agora? Uma dúvida bastante comum entre os técnicos-administrativos que vão tentar o mestrado é: será que, não sendo docente, vou conseguir desenvolver um produto educacional ao final da pós?

O coordenador Anderson explica que o produto educacional busca aproximar a teoria à prática e tem como uma das vertentes unir currículos diferentes. 

"Por exemplo, uma bibliotecária do IFMS que ingressar no mestrado profissional poderá desenvolver um novo modelo de disponibilização do acervo no campus onde atua, isso é um produto educacional. Um analista de Tecnologia da Informação da instituição tem todas as condições de desenvolver um aplicativo para que os estudantes apliquem determinado conceito de Matemática", exemplificou Correa.

Ao contrário da dissertação de um mestrado acadêmico, que explica o processo de desenvolvimento do produto, no mestrado profissional o concluinte deverá desenvolver o produto, segundo o coordenador da pós-graduação.

Giane Moura da Silva, diretora de Graduação do IFMS, fez o mestrado profissional multidisciplinar em Estudos Fronteiriços no Campus Pantanal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), em Corumbá. Além de obter conhecimento científico na pós-graduação, conseguiu colaborar com a área profissional que atuava.

"Na época, trabalhava como pedagoga na assistência social do município, e lidava diretamente com a política de enfrentamento ao trabalho infantil. Meu produto final foi um plano de ação exequível de média complexidade para o enfrentamento do fenômeno na fronteira Brasil-Bolívia, especificamente Corumbá e a Província de Germán Busch", explicou.

"Por exemplo, uma bibliotecária poderá desenvolver um novo modelo de disponibilização do acervo no campus onde atua, isso é um produto educacional. Um analista de Tecnologia da Informação tem todas as condições de desenvolver um aplicativo para que os estudantes apliquem determinado conceito de Matemática", exemplificou Correa.

Ainda em relação à apresentação do produto educacional ao final do curso, mudanças de rota no meio do mestrado são muito comuns, explica a psicóloga da reitoria.

"A pessoa tem uma ideia e, no meio da pós, descobre que o produto final não será mais aquele imaginado inicialmente. Isso costuma desestabilizar o mestrando, mas é preciso manter a calma e seguir os próximos passos do curso. Outras dicas importantes são fazer leituras em todo o tempo livre que tiver e aproveitar todo o material produzido durante o mestrado para subsidiar a pesquisa. Nada deve ser descartado", orientou Sofia.

Fique ligado nos prazos do edital - As inscrições no mestrado profissional devem ser feitas até 4 de março, no sistema do ProfETP. O Manual de Inscrição traz o passo a passo para se inscrever no curso.

A taxa de inscrição no valor de R$ 70,00 deve ser paga até 5 de março. Candidatos de baixa renda podem solicitar a isenção da taxa. Os requisitos constam no edital de abertura do processo seletivo.

O curso é oferecido por 36 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e coordenado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Para 2018, foram abertas, ao todo, 820 vagas. No IFMS, são 24 vagas.

Para participar da seleção, basta ter diploma de curso superior ou declaração de conclusão de curso superior.

O início do semestre letivo está previsto para o mês de agosto. 

Mais informações constam na página do Mestrado Profissional do Campus Campo Grande do IFMS.