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Campus, câmpus ou campi?
Quem trabalha em instituições de ensino já deve ter feito esta pergunta pelo menos uma vez: como escrever a palavra "campus" e seu plural?
A dúvida ocorre porque atualmente existem três formas aceitáveis na língua portuguesa: câmpus, versão aportuguesada do termo, que pode ser usada tanto para plural quanto singular; campus, para o singular, e campi, no plural, ambas do Latim e, portanto, escritas em itálico.
Por conta disso, diversas instituições de ensino da Rede Federal de Educação Ciência e Tecnologia sempre questionaram o Ministério da Educação (MEC) sobre qual padrão seguir. Para solucionar a dúvida, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) recentemente consultou a Academia Brasileira de Letras (ABL) sobre como proceder.
A resposta consta no Ofício Circular nº 72/2015 da Setec, enviado aos dirigentes da Rede no último dia 7 de agosto. No documento, consta que "salvo melhor juízo, recomenda a Academia Brasileira de Letras a permanência do singular 'campus' e do plural 'campi' nos textos em que devam prevalecer estes vocábulos como integrantes de léxico de terminologia científica".
Por meio do documento, além de informar sobre essa consulta, a Setec orienta todos os integrantes da Rede Federal a padronizar a utilização dos vocábulos em Latim.
IFMS - Em nossa instituição, a opção era pelo uso da grafia "câmpus" desde 2011, devido à recomendação emitida pela assessoria de comunicação da Setec aos departamentos de comunicação das instituições da Rede, via correspondência eletrônica.
O comunicado apresentava, ainda, uma nota lexicológica do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da Universidade de Brasília (UnB), defendendo o uso da grafia aportuguesada da palavra.
Até então, não havia orientação oficial do MEC sobre o tema.
A partir da agora, para atender à nova recomendação da Setec mas também conseguir padronizar todo o material produzido em veículos de comunicação oficiais da instituição, a Assessoria de Comunicação Social (Ascom) do IFMS opta por usar os termos em Latim (campus e campi), mas não italicizá-los.
A opção também foi feita por conta das limitações de algumas plataformas usadas pela Assessoria na internet, além de publicações em redes sociais como a página do IFMS no Facebook, em que não é permitido o uso de itálico. Soma-se a isso o fato de que alguns dos grandes veículos de comunicação do país também não grafarem esses termos em itálico.