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Saiba mais sobre submissão de projetos de pesquisa e extensão no IFMS

Principal motivo para reprovação de propostas deve-se ao não atendimento às regras do edital
por Juliana Aragão publicado: 04/07/2016 12h00 última modificação: 07/07/2016 13h39

Quando o IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) lança editais de apoio à pesquisa e extensão, os servidores interessados logo se apressam para elaborar seus projetos para submissão. O problema é quem nem sempre as propostas são classificadas.

Fomos ouvir as pró-reitorias responsáveis por esses processos para saber qual o principal motivo que leva à reprovação, e descobrimos que se trata, basicamente, do não atendimento às regras dispostas no edital.

É o caso do resultado preliminar do edital de apoio financeiro à Semana do Meio Ambiente 2016, no qual das dez propostas submetidas apenas duas foram recomendadas. As demais só foram aprovadas após a fase de recurso.

Outro exemplo é o último edital de iniciação científica do IFMS, publicado em 20 de abril de 2016. Dos 200 projetos de pesquisa submetidos, 26 não foram homologados.

Aos servidores interessados em participar das próximas seleções, ler o edital com atenção é o primeiro passo para que a proposta seja aceita.

Atualmente, há dois editais com prazo aberto para submissão de propostas, um para apoio a eventos extensionistas e outro para o desenvolvimento de pesquisa aplicada

Como são avaliados os projetos de extensão -  A primeira pergunta que deve ser respondida na hora de colocar a ideia no papel é como será desenvolvida a atividade. Por isso, o proponente deve ficar atento à metodologia.

No IFMS, o servidor submete o projeto de extensão no Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj), um sistema online desenvolvido pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

“Na segunda etapa, o projeto é analisado pela diretoria de ensino e pela coordenação de extensão e relações institucionais da unidade onde o servidor é lotado. Além de dar o parecer técnico da proposta, o campus avalia se há viabilidade para executar a atividade de extensão. Nessa fase, é possível ainda sugerir melhorias no projeto”, explica Marcelo de Oliveira, diretor de Extensão do IFMS.

Depois de analisado no âmbito do campus, o projeto é submetido à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e encaminhado para uma banca de avaliadores da Rede Federal de Educação Profissional que analisa o mérito, ou seja, se a proposta é ou não relevante. Todo o processo é analisado pelo sistema.

Em uma tentativa de reduzir o número de propostas recusadas, a Proex estuda a possibilidade de capacitar servidores para elaboração de projetos de extensão.

Requisitos para concessão de bolsas de pesquisa – No caso dos editais que concedem bolsas para o desenvolvimento de pesquisas no IFMS, os professores que submetem os projetos devem ficar atentos à Portaria nº 58, de 21 de novembro de 2014, da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, que regulamenta a concessão de bolsas de pesquisa no âmbito dos Institutos Federais.

O documento cria funções, que muitas vezes são confundidas no momento da submissão da proposta. O coordenador é quem elabora o projeto, apresenta os resultados e faz a prestação de contas. Já o pesquisador é o responsável por orientar o estudante bolsista, além de planejar e executar a pesquisa.

A diretora de Pesquisa do IFMS, Tatiane de Araújo, ressalta que cabe à Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi) aprimorar o processo.

“Nosso desafio é simplificar a submissão de projetos de pesquisa o que, inclusive, já foi uma solicitação do Comitê Científico. Futuramente, pretendemos disponibilizar aos servidores um sistema chamado Suap Pesquisa, que já está sendo usado por muitos Institutos. A ideia é que todo o processo seja online”, explicou a diretora.