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ENTREVISTA

Luiz Fernando Picolo

Técnico em Tecnologia da Informação do Campus Nova Andradina
por Cleyton Lutz publicado: 31/01/2017 11h03 última modificação: 22/02/2017 12h36

Luiz Fernando Picolo começou 2017 exatamente no mesmo lugar onde tem estado desde 2012: no Campus Nova Andradina do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). A diferença é que deixou de ser estudante para se tornar servidor da instituição. A posse como técnico em Tecnologia da Informação foi no início deste ano.

Um ano depois de formado no curso de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Picolo retorna ao IFMS para um novo desafio.

O nova-andradinense atua na área de Informática há 13 anos. Possui ainda graduação em História e também iniciou o curso de Matemática, sem concluí-lo. Nascido e criado no município, Picolo formou família em Nova Andradina – é casado e pai de um filho – sendo que a maioria dos seus familiares moram na cidade.

O estudante que virou servidor acompanhou todo o processo de implantação do IFMS em Nova Andradina, além do projeto de criação da Escola Agrotécnica do município, ainda nos anos 1990, que nunca chegou a sair do papel.

Nesse bate-papo, Picolo fala dos diferentes momentos vividos dentro do Instituto Federal, de sua atuação profissional e dos projeto futuros.

De que maneira IFMS surgiu na sua vida? 

O curso de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas surgiu como uma alternativa para aquilo que eu já fazia na minha vida profissional. Já trabalhava há mais de dez anos na área de Informática quando entrei para o curso. Ele veio no momento em que eu já tinha terminado minha primeira graduação e planejado fazer outro curso de nível superior. Aqui na região, não tínhamos até então uma graduação na área, apenas à distância ou em outras cidades mais afastadas. Quando fiquei sabendo do curso, através de alguns amigos meus que já estudavam aqui, me interessei. Como já era graduado, entrei como portador de diploma. Para mim, foi muito bom, pois mesmo já trabalhando na área aprendi muita coisa.

Você começou a atuar na área antes mesmo de fazer o curso, então?

Antes de cursar História, eu comecei uma graduação em Matemática, fazendo três anos. No curso, tínhamos uma disciplina chamada “Introdução às Ciências da Computação”. Nela, eu vi que tinha facilidade, que era uma área em que eu poderia trabalhar.

Como foi passar das Ciências Exatas para as Humanas e depois retornar?

Sempre quis ser professor, tanto que sou formado em Magistério, coisa que nem existe mais. Como em Nova Andradina as únicas licenciaturas eram História, Português e Matemática, e eu nunca tive a oportunidade de estudar fora, acabei optando pela última. No terceiro ano da graduação, vi que não era aquilo que eu queria. Mesmo assim, não saí do curso. Na mesma época prestei o vestibular para História e passei. Como já gostava da disciplina, uma vez que tive professores muito bons, resolvi fazer curso. Foi mais pela questão de ter uma graduação mesmo. Nunca quis levar História adiante. Depois de concluir o curso, como já estava atuando na área, acabei retornando para as exatas.

Você se sente satisfeito atuando na área da Informática?

Sim. Hoje em dia trabalho mais com desenvolvimento de software, que é o que mais gosto. Mas me interesso também por redes e outros temas da área.

Tem planos de tentar concurso para docente futuramente?

Sim, estou participando do concurso público do IFMS que está em andamento. Fui aprovado na prova objetiva e, agora, irei para a segunda fase, que é a prova didática. Tenho feito alguns concursos e estou me preparando. Sempre na Informática, não me vejo em outra área. Até surgiu a possibilidade de ministrar aulas de Filosofia, devido a minha formação em História, mas não é minha cara, não consigo me ver fazendo isso.

Você foi estudante e agora é servidor. O que mudou?

A visão da estrutura institucional. O corpo docente, por exemplo, hoje eu o vejo de uma forma diferente. Quando aluno, os via como professores e não como colegas de trabalho. É um pouco diferente. Mas, de forma geral, não observo mudanças tão drásticas. Estou aqui desde 2012 e vi a instituição crescer, acompanhando sempre como aluno. Agora, acompanharei como servidor.

Quando entrou para a instituição como aluno você imaginou que algum dia poderia vir a se tornar servidor?

Não, nunca fui um "concurseiro". Mas, no último ano realizei alguns concursos, principalmente para a Rede Federal. Na verdade, não tinha muita esperança de que houvesse um concurso para cá. Quando surgiu a oportunidade, abracei. Foi uma oportunidade excelente, por eu morar na cidade.

Na sua opinião, qual o diferencial da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica?

No meu caso específico, a Rede Federal foi importante pois pude fazer um curso relacionado às atividades profissionais que eu já desenvolvia há bastante tempo. Poderia até fazer outro curso na área, mas que não me prepararia para o mercado de trabalho, que é um dos objetivos do Instituto.

Além de ingressar como docente na Rede Federal, você tem alguma outra meta? Pensar em tentar mestrado também?

Sim, inclusive já me inscrevi este ano para o processo seletivo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Sempre quis fazer mestrado, mas nunca tive a oportunidade. Dessa forma, se tudo dar certo, quero começar ainda este ano, a partir de março. Independentemente de ser como docente ou como técnico-administrativo, quero me desenvolver academicamente.

Já está adaptado à rotina de servidor do IFMS?

Estou me adaptando. Tem muita gente que não conheço, que não sei o nome ainda. Estou um pouco perdido no começo, sem saber onde ficar ou o que devo fazer. A maior parte do meu trabalho está ligada ao Edson [Souza, Analista de Tecnologia de Informação do campus], que se encontra em férias no momento. Preciso esperar ele voltar para definir algumas coisas. Mas estou gostando, o pessoal daqui é bem bacana.